com paralelo valdiriano imaginário
Introdução: seguimento de poetas
1) Sina Castrense
levou um tiro no pé;
1.a) Ficção valdiriana: extravio
Entre nós dois, acabou-se
maravilhoso começo;
eu perdi teu endereço,
nossa carta extraviou-se.
A Lembrança revoltou-se
com isso que aconteceu:
não sei mais o nome teu
nem a cor do teu cabelo.
Foi um sonho e o pesadelo
de um amor que se perdeu.
. 2) Constância Machadiana
Entre nós dois, acabou-se
maravilhoso começo;
eu perdi teu endereço,
nossa carta extraviou-se.
A Lembrança revoltou-se
com isso que aconteceu:
não sei mais o nome teu
nem a cor do teu cabelo.
Foi um sonho e o pesadelo
de um amor que se perdeu.
. 2) Constância Machadiana
Machado de Assis amou
e escreveu “À Carolina”.
Talvez chamasse “menina”
à mulher que o admirou.
Num* soneto, ele deixou
sua última despedida.
Chamou-a “pobre querida”,
e disse: “Trago-te flores...”
Ele e ela — dois amores
*O certo é "em um".
Clicar aqui, ver no Google: soneto "À Carolina"
2.a) Ficção valdiriana: paciente beija-flor
Eu também já fui constante,
seis anos mais que Jacó¹:
vinte anos de xodó²,
vivi com a minha amante.
Com muita raiz fragrante³,
fiz uma árvore de existência.
Meu nome era Paciência
e o nome dela era Amor:
paciente beija-flor,
pairando sobre a essência.
¹Jacó, personagem bíblico: esperou Raquel durante 14 anos, até que Labão (o pai da moça) consentisse a união.
²Lembrar a música "Eu só quero um xodó" de Dominguinhos.
³fragante: aromática, perfumada.
Pena Camoniana
Um soneto de Camões
tem exemplo que se tome:
Dinamene foi um nome
que entrou nas suas paixões.
Durante as navegações,
ele a achou e perdeu.
Em naufrágio, ela morreu...
Ele escreveu em contraste:
“...Dinamene! Assim deixaste...
quem não deixou de querer-te...
minha, já não posso ver-te...”.
Foi seu amor com desgaste.Clicar aqui, ver no Google: ...Dinamene
Clicar aqui, ver o soneto de Camões: ... pensador.com
3.a) Ficção valdiriana: clicar aqui, ver nossa epígrafe para Camões.
3.a) Ficção valdiriana: clicar aqui, ver nossa epígrafe para Camões.
4.a) "Cadeias do Destino"*
Verdadeiramente não
posso fazer-te feliz
pois outro amor, eu já quis
com afeto e afeição.
Se eu te der meu coração,
vais guardá-lo pra cuidar;
e o outro não vai gostar
dessa adversidade.
E o meu amor de verdade,
vais guardar, mas não achar.
*Alusão à música “Eles se amaram no Rio”, de Carlos Galhardo.
*Alusão à música “Eles se amaram no Rio”, de Carlos Galhardo.
4.b) Concessão amorosa
Cada verso que eu* refiz
para te dar com amor
trouxe uma lágrima de dor
que eu derramei e não quis.
Assim mesmo, sou feliz
com o riso que tu me deste
e as palavras que disseste,
levando-me para o além¹,
fazendo-me deus² também
de amor terreno e celeste³.
*eu lírico: não se refere à pessoa do poeta que escreveu.
¹além: longe, mas não é o Céu divino.
²deus: imaginário e não se refere à entidade religiosa.
³celeste: no sentido de "sublime", e não do Céu nem nome de pessoa.
5) Quadrinhas (estrofes de 9 versos)
para te dar com amor
trouxe uma lágrima de dor
que eu derramei e não quis.
Assim mesmo, sou feliz
com o riso que tu me deste
e as palavras que disseste,
levando-me para o além¹,
fazendo-me deus² também
de amor terreno e celeste³.
*eu lírico: não se refere à pessoa do poeta que escreveu.
¹além: longe, mas não é o Céu divino.
²deus: imaginário e não se refere à entidade religiosa.
³celeste: no sentido de "sublime", e não do Céu nem nome de pessoa.
5) Quadrinhas (estrofes de 9 versos)
"Fantasma de saudade"
Nota: quadrinhas apropriadas para uma valsinha.
Nota: quadrinhas apropriadas para uma valsinha.
Contraponto à música-poema Chega de Saudade, Vinícius de Moraes.
No teu canto, ficou a Saudade
No teu canto, ficou a Saudade
com esta Voz que não te esqueceu.
Quando o dia chega à claridade,
eu pergunto ao Sol quem sou eu.
Ele diz que eu sou alma esquecida
e que seja feliz só assim:
um espectro de gente perdida
no sarau, no salão, no jardim...
Clicar aqui, ver no google: vinicius-de-moraes.
Décima com hendecassílabos
(estrofe de 10 versos com 11 sílabas métricas)
Estranha lógica do Amor
(imaginária e aforística)
Estranha lógica do Amor
(imaginária e aforística)
Um poeta disse à Amada e Querida:
“Eu te quero muito e não sou de ninguém;
ao falar-te isso, magoo também
a Ninfa que mais adorei nesta vida.
Perdoa este Ser de esperança perdida
que, por isso, toma estranha decisão:
não disputa amor, união nem paixão
e deixa a conquista pra quem lhe pertence.
Na guerra do amor, quem perder é quem vence,
e perde quem não faz terror nem questão”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário